sábado, 4 de abril de 2015

O tempo passa...!

Quando criei este blogue vivia uma daquelas fases da vida em que sentia que tudo se desmoronava... Sentia e vivia momentos de um vazio mais vazio que as noites de insónia em que sentimos que o mundo nos escapa. Em que parece que somos uma partícula perdida no Universo. É verdade, assim estava eu em 2009, numa espécie de caminho sem destino, talvez sem volta! Mas com tão poucos anos de existência física como poderia sentir-me assim tão velho, tão sem energia, tão esgotado e derrotado?! Achei que dificilmente me levantaria daquele torpor pois sentia-me irremediavelmente perdido, sem horizontes nem esperança. Mas curiosamente saboreava essa dor, qual espécie de dor que nos despedaça mas nos dá um qualquer sentido de vida que nos transcende! Na dor que sentia  perpetuava um sentimento único, a vivência do que foi...
Transportando-me para o agora, seis anos depois, tenho a consciência de que a vida me está a dar tanto, que mesmo sem refletir se o mereço ou não, quero é vivê-lo, saboreá-lo, senti-lo! Não imaginava ser capaz de me adaptar, de seguir em frente determinado. Via-me apenas como um eremita em constante introspeção meditativa no que respeita à minha realização pessoal; solitário por opção. Nada disso veio a materializar-se e a primavera foi acontecendo ano  após ano e após o "ano do pensamento mágico" protagonizado em 2010 pela grande Eunice Muñoz e após 2012, ano em que a Primavera aconteceu para mim com mais sol, com mais flores e com mais cores. De então para cá tem sido sucessivas as conquistas, multiplicadas as vivências, repetidas as partilhas...
Hoje, neste sábado de Aleluia (calendário católico) posso exultar de agradecimento a Deus pelo tanto quanto me tem permitido viver... Hoje, sem o ter premeditado, voltei ao meu blogue, meio abandonado e aproveito para agradecer a Deus a dádiva que me tem sido concedida dia após dia...
Errante (mas menos): 04/04/2015

domingo, 28 de agosto de 2011

Quero o deserto

Sinto-me bem no deserto,
longe dos mesquinhos e da insensatez!
cada vez me sinto melhor sozinho, na companhia de mim mesmo.
Quero talvez uma cabana de madeira no campo,
Uma vida simples de "eremita"!
A arrogância dos outros faz-me mal!
Odeio o veneno dos "bichos humanos".
Esses sim são adversários difíceis,
Imprevisíveis, sempre prontos a atacar, sem motivo ou motivação racional!
A luta é desigual! Não sei lidar com a mentira, a incoerência e a ignomínia!
Porém é a minha forma de estar, não é inocência!
Não me desgasto a remoer, vou perdoando, esquecendo...
Mas a cada novo "ataque" surge a minha vontade do deserto, de um campo, uma cabana, um lugar longe da "selvajaria humana"!


Errante - 28/08/2011

Os fantasmas!

Procurei os fantasmas da memória,
Nos locais onde fui feliz para os esmagar!
Não precisei de lutar, não cheguei a defrontar-me com eles!
Não me procuraram nem eu os encontrei! Estava tudo claro, límpido!
Em vez de amargura ou nostalgia senti apenas serenidade e paz interior. Não podia querer mais, ambicionar melhor...


Errante - 28/08/2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011